domingo, 6 de maio de 2012

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Um espaço especial para trocarmos ideias e discutirmos vários assuntos tais como vida, relacionamento, amor, amizade, trabalho, carreira, psicoterapia e assuntos contemporâneos.
Vamos começar com um tema atual: as amizades nas redes sociais. Depois de algum tempo envolvida com esse tema em minha dissertação de mestrado, venho por aqui trocar parte da minha pesquisa.

Amizades nas redes sociais
Identificando o modo peculiar como as pessoas configuram suas relações de amizade virtuais podemos afirmar que as inovações tecnológicas ocorridas nas últimas décadas criaram novos vínculos na vida cotidiana. A produção dos relacionamentos e interações no cenário virtual de nossa sociedade contemporânea comprova o aglomerado de humanos e não humanos envolvidos nas redes sociais. Na argumentação de Aristóteles “A presença de amigos parece ser desejável em todas as circunstâncias” (1987), dessa forma poderíamos refletir um pouco sobre essas novas modalidades de relacionamento.
 O espaço e tempo nas relações foram afetados e alterados com a nova realidade tecnológica, expandindo os limites e fronteiras humanas e, desse modo, transformando as relações sociais. Podemos afirmar que hoje, mais do que nunca, as pessoas constroem redes de contato onde compartilham suas vidas privadas estreitando laços sociais. Esse argumento é sustentado por alguns autores quando afirmam: “o usuário expõe a sua vida e suas informações ao mesmo tempo em que se relaciona com amigos e pessoas de mesmo interesse. [...] O espírito, no entanto, é o mesmo: ampliar as formas de relação entre as pessoas, modificando a esfera pública(LEMOS & LÉVY, 2010).
Apesar de algumas controvérsias sobre essa modalidade de relacionamento, seria importante refletir sobre a própria amizade a partir das argumentações de alguns filósofos e suas diversas concepções em diferentes momentos da história.
De forma resumida, Platão concebe a presença do amigo como algo fundamental em nossas vidas. Aristóteles afirma que o destino do homem seria viver com os amigos além de fazer considerações importantes sobre como conceber as diferentes fomas de amizades. Em Sêneca, encontramos respostas que parecem reforçar o impulso que o homem tem para procurar amigos. Ao caracterizar o conceito do amigo, Cícero indica que a natureza humana é moldada para viver-junto e estreitando laços.
Poderíamos ainda arriscar que, diferentemente das análises que costumam ser feitas sobre as amizades virtuais – de que não seriam “verdadeiras” amizades ou que constituiriam uma espécie de “degradação” de vínculos genuínos – ainda nos concebemos a partir de algumas matrizes filosóficas e estas podem ser instrumentalizadas para pensarmos a constituição dos vínculos de amizade próprios ao Facebook, por exemplo.
Em alguns relatos de minha pesquisa de mestrado, os atores revelam que utilizam essas redes como ferramentas para manter contato com amigos distantes. De fato,  alguns expressam em seus questionamentos que as amizades virtuais auxiliam a estreitar mais os vínculos com pessoas que estavam distantes do seu dia-a-dia. Partindo dessa investigação, pode-se afirmar que a rede facilita o contato com pessoas que já fazem parte da vida off line.
Arriscaríamos afirmar que está sendo produzida uma nova modalidade de vínculo, constituída de forma radical por esses novos dispositivos virtuais.
E a partir desse olhar eu pergunto: você acredita em amizade virtual?

Um grande abraço
Teresa Amorim

A dissertação de mestrado da autora está disponível no site da EICOS UFRJ link:

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