quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A ANGÚSTIA DAS ESCOLHAS







            O tema deste blog é a angústia de nossas escolhas, nesse caso, nada melhor que falar do filósofo Sartre e seu pensamento existencial. Sartre elaborou uma filosofia preocupada com a condição humana e suas possibilidades, sua liberdade, suas escolhas e principalmente, sua responsabilidade existencial.
           Um olhar sobre a obra de Sartre revela sua preocupação com a liberdade do indivíduo. Em sua formulação, Sartre afirma que o homem está condenado à liberdade, e sendo condenado à liberdade, esse mesmo homem torna-se totalmente responsável por sua escolha. O argumento sustentado por Sartre torna-se uma tentativa de compreender e responder o destino e as inquietações da existência humana. Sartre apresenta a tese de liberdade como um valor absoluto. Segundo essa doutrina, o homem seria condenado a ser livre e consequentemente responsável por suas ações. A liberdade pregada por Sartre salienta a condição de liberdade como um critério básico para a existência do homem, uma liberdade que certamente nos impõe a uma conduta autêntica da nossa existência.
    Para Sartre a existência precede a essência, o sujeito é responsável pelas suas escolhas e quando não se responsabiliza, usa de má-fé. A fuga da nossa autenticidade levaria o homem à má-fé – uma condição de mentiras e desculpas. Nesses termos, se o homem se escolhe como um homem de má-fé, colocando a culpa no mundo, ele falsifica sua existência.
           Desse modo, podemos pensar que, diante da angustia de nossas escolhas começamos a pisar no território acidentado de uma vida sem garantias. A partir daí, somos invadidos pelas incertezas de nossas escolhas, escolher significa, dar uma direção a minha vida. Posso escolher casar, ter filhos, aceitar um determinado emprego, escolher a profissão quero seguir, mudar de cidade, inúmeras possibilidades se abrem e se fecham diante de minhas inquietações.
            Precisamos compreender que a angústia, frente às escolhas, fazem parte da vida, e que nos testes da disciplina - vida, você sempre terá respostas de múltiplas escolhas, ou seja, terá que escolher apenas uma e abrir mão de outras.
Sempre que estiver procurando respostas para os seus momentos de angústia, pergunte-se se você está comprometido e responsável com a sua existência. Não fique preso às mesmas respostas, não aja de má-fé, busque algo novo e arrisque-se a viver!


Um grande abraço
Teresa Amorim
           
           

Um comentário:

  1. Essa postagem me pôs a pensar na "má-fé" e no quanto ela pode ser proterora e ao mesmo tempo muito covarde, enquanto que, a verdade é que ela é apenas uma maneira de viver e "con"viver com os acontecimentos cotidianos. Daí, fiquei a "degustar" um pouco mais o texto e pensei numa liberdade com autenticidade ou sem ela, ou seja, o homem livre é autêntico, mas será que essa liberdade não o levaria a angustiar-se e acabar por não se responsabilizar pelos seus atos? Acabaria novamente na má-fé mesmo que a buscar por algo novo e me pergunto: "então poderia existir um tipo de má-fé "positiva"? Ou será que estou delirando nessa "viagem" louca de frases e palavras?
    Em suma, um texto que leva o sujeito a refletir, tirando-o da inércia estudantil é digno de todos os elogios possíveis!!!!! PARABÉNS!!!!

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